sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Buenos Aires, Linhas viajantes - Parte 4

Linhas viajantes - Parte 4
Terça, 20/10/2009


O dia amanheceu nublado, mas mesmo assim resolvemos manter a programação: Ir de trem Urbano (comum) até Tigre, para fazer o passeio pelo Rio Tigre e retornar pelo Trem de La Costa, que é um trem turístico cuja linha margeia as mansões portenhas.
A viagem de trem urbano é longa e um tanto cansativa. Nenhuma novidade no caminho: passamos pelo subúrbio, vimos um pouco mais de sujeira e cinza pelas ruas, muitas casas, poucos edifícios.
Pessoas indo trabalhar e tal qual os trens do Rio de Janeiro, ambulantes vendendo bugigangas pelos vagões, velhinhos doentes pedindo esmolas e ex drogaditos vendendo balas para ajudar o centro de recuperação em vivem. “Um museu de grandes novidades”.
Chegando a Tigre, há 3 opções de barco para fazer o passeio : O turístico, que dá uma voltinha básica, o bote que pode entrar em qualquer canal, inclusive nos mais selvagens, que é bem mais caro e o lanchabus, que é o coletivo de quem mora nas ilhas.
Você compra uma passagem ida e volta que dá direito a descer em uma das ilhas com restaurante para o almoço.
Claro que escolhemos o Lanchabus. No começo, maravilha. O barquinho vai passeando pelo rio como se este fosse uma rua. Entra ali, vira lá, passa por casas belíssimas, desce um, sobe outro e... nada acontece.
Com 30 minutos de passeio eu já estava de saco cheio e queria voltar. Mas não pode, na dá.
Você deve descer na ilha marcada no seu tíquete e esperar um barco retornando. Não quis almoçar na Ilha em que desci, achei o restaurante sujo.
Uma coisa que adorei foi o balanço que achei ao lado do restaurante. Eu e Alex nos esbaldamos enquanto esperávamos o lanchabus da volta.
Alivio. Eu sou urbana e gosto mesmo é de asfalto e muro grafitado.
Descemos do Lanchabus mortos de cansados e famintos.
Algumas empanadas depois, vimos que era impossível andar 8 quarteirões ate à estação La Costa, o que foi uma pena, pois segundo informações posteriores, esta teria sido a parte mais legal do passeio, pois pode-se subir e descer em qualquer estação, onde existem cafés bem charmosos. Assim, dá pra conhecer várias cidadezinhas, como San Isidro, que tem um centro comercial legal e uma feirinha aos domingos.
Voltamos dormindo no trem Urbano e resolvemos dar um giro pelo centro. Almoçamos, olhamos as lojas , andamos, andamos e andamos.




☺Comida na Argentina, sempre vem acompanhada de um pratinho de pão. E se você pedir um prato tipo “executivo”, não espere que venha com arroz.
☺Fominha na madruga? Procure um Kiosko, que são lojinhas que ficam abertas 24 hrs e vendem sanduíches, chocolates, balas, cigarros, refrigerantes...são uma mão na roda e estão espalhadas, principalmente, por todo o Centro.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Buenos Aires, Linhas viajantes - Parte 3

Linhas viajantes - Parte 3
Segunda, 19/10/09


City Tour.
A principio achei “coisa de turista”, “mico” e “coisa de velho”, mas durante o passeio , percebi que em viagens curtas, o City Tour é imprescindível.
Você visita os principais pontos do lugar, ouve histórias e não precisa ficar todo o tempo junto aos “outros turistas”.
Outra coisa legal é que é rápido. Você vai dali pra lá e tem uma idéia do que vale a pena ser visitado com calma e do que uns minutinhos bastam para conhecer.
Casa Rosada foi a primeira parada. Pausa para fotos. Alex tirou uma ótima sequência dos transeuntes.
Passamos por Palermo (um bairro tipo Leblon?), vimos as suntuosas mansões e seguimos até La Boca.
La Bombonera, fotos, lojinha de futebol e segue em frente.
Eu realmente estava ansiosa para conhecer o Caminito (mesmo sem ter conhecido, já estava planejando um retorno com mais calma), pois alguém tinha me falado que era um lugar carregado de boemia, artes e cultura.
Não sei se foi por umaa fotos carregadas no amarelo que vi por ai, mas imaginei uma "Santa Teresa Argentina" com bondes, artistas descolados e gente cool caminhando pelas ruas (tipo um Santa Teresa de portas abertas).
Me deparo com uma ruazinha com casinhas coloridas, quadros e artesanatos feitos “pra turista levar”. Tudo muito fake, muito exagerado.
Dançarinos de tango pelas ruas, “Gaúchos da fronteira” pelos bares e garçons que diziam “venham brasileiros, aqui o churrasco é mais barato”.
Exploramos alguns cantos, subimos, descemos e valeu pela minha foto do velho sentado sozinho e pelo super Herói Argentino (Figura e vermelho na foto - por favor, se alguém souber o que é,quem é, me conte).



No caminho La boca – Caminito - Porto Madero, vimos um lado mais pobre da cidade. Casas mais humildes, lixo em algumas esquinas, um pouco mais de cinza pelas ruas.
Ultima parada, Porto Madero. Ponte da Mulher, Hotel Hilton, Restaurantes (o famoso Siga La Vaca é aqui), Faculdade Católica, pessoas bem vestidas.
Almoçamos no Il Gatto , massa deliciosa e ainda demos a sorte de pegar o dia do “menu promocional”: Prato principal,bebida e sobremesa por um precinho ótimo.
Bebemos vinho, ficamos altos e tiramos a tarde curtindo umas voltas pela região para curar o pilequinho.
À noite fomos ao Cassino que o Alex tanto queria conhecer, e como ele disse: ”entramos com meia merreca e saímos com 1 merreca e meia”.
Vale a pena pela brincadeira, mas não é nada demais. Senti um clima meio tenso pelas mesas de cartas e roleta (estes não estavam brincando não).
Esse lance de Cassino é uma piada. A Lei Argentina diz que não pode haver cassinos em solos Argentinos. Os caras foram lá e colocaram os cassinos em Navios enormes. Pronto. Eu finjo que te respeito e você finge que está certo.
Não tenho nada contra Cassinos, jogo do bicho e etc. Acho até que deveriam ser legalizados, mas esta brecha Argentina é ridícula, parece coisa de “jeitinho carioca”.

☺ Caso seu pacote não tenha city tour, você pode conhecer os principais pontos turísticos com o Bus Turístico.
São ônibus amarelos que rodam a cidade toda durante o dia. Você compra um passe que vale por um dia inteiro. O ônibus sai de um lugar bem no centro (cruzamento das ruas Florida e Diagonal Norte, a poucos quarteirões da Plaza de Mayo) e passa por 12 pontos diferentes da cidade. Você pode descer/entrar no ponto que quiser. O andar superior é aberto, para facilitar a vista (E fotos!) e todos os assentos contam com fones de ouvido com dicas dos lugares pelos quais passa o ônibus em 10 línguas.

☺ Não gostei muito do famoso Alfajor Havanna. Preferi o da Abuela Goye que é uma loja especializada em chocolates. Achei o alfajor deles menos doce e bem mais macio. Tem loja perto da Casa Rosada e na Florida.

☺O Cassino fica aberto 24hrs. Não é permitido tirar fotos lá dentro.