sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Ensaio sobre a cegueira

And I have no words about. Only questions...
Strong.Chocking.Sad.
Makes you able of seeing the real world.
Can you trust at someone ?

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Nome Proprio

O nome do filme “Nome Próprio” é Leandra Leal.
Com uma interpretação visceral, Leandra segura uma historia que por si só cairia na chatice.
O filme é inspirado nos textos da escritora-blogger Clarah Averbuck : “Máquina de Pinball” e "Das coisas esquecidas atrás da estante", e a personagem título vivida por Leandra é inspirada na própria Clarah.
O filme conta a história de Camila, uma aspirante à escritora que conta sua vida e se expõe na internet atraves de seu blog.
Leadra tem peito (literalmente) para mostrar sua Camila quase metade do filme só de calcinha e camiseta ou nua, sem que isso torne-se apelativo.A nudez é necessária para mostrar como a personagem é: nua! Camila expõe a alma no blog, apesar de não gostar do retorno que isso possa causar.
No fundo, no fundo a história em si é chatinha, assim como os textos da Clarah. Acho-a um tanto demais, de uma intensidade meio forjada. Como se estivesse acima de tudo... e isso não me agrada.
Mas o filme é bom. Os recursos estéticos utilizados são de primeira: palavras aparecem escritas pelas paredes, a musica é ótima, a fotografia é linda e o barulho por vezes irritante, nos faz sentir na pele, ou melhor, nos ouvidos, toda a intensidade da personagem: Seja no ruído provocado pela escovinha esfregando as escadas e paredes do prédio como forma de aliviar a tensão através da limpeza ( e como isso funciona bem...) ou na barata em cima do prato de comida, é impossível não sair do cinema perturbado.
Recomendo.
Para mim que digo que minha vida não é apenas um livro aberto, mas sim um livro desfolhado, valeu.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Nadismo

E você, já ouviu falar em NADISMO ?
O nadismo é uma prática que consiste em fazer ... nada.
Idealizado pelo designer e multimídia Marcelo Bohrer, o CLUBE DO NADISMO propõe que façamos uma pausa em nossas atividades diárias para que possamos fazer nada.
E neste nada não incluem-se ouvir música, ficar na net ou ler um livro. Fazer nada é não fazer coisa alguma, sacou?
O clube do Nadismo promove encontros públicos com o intuito que seus associados parem completamente todas as suas atividades por 45 minutos e tem como símbolo um grande cubo branco que simboliza o vazio.São 45 minutos de absoluta inatividade. Não há muitas regras. A pessoa pode ficar sentada ou deitada. Só não vale dormir (dormir É fazer algo, viu mãe?)

DIRETRIZES DA PRÁTICA DO NADISMO
1. STOPNJOY! - Este tempo é totalmente seu para que você desfrute o fazer nada sem pressa.
2. ENTREGUE-SE!- Abandone a intenção de fazer nada. Esqueça qualquer objetivo, o nadismo não tem nenhum propósito.
3. SOSSEGUE! - Privilegie o silêncio e a imobilidade.
4. OBSERVE!- Evite ocupar-se mentalmente. Deixe a mente vagar como as nuvens.

Bem, o link do site dos caras é: http://www.marboh.com.br/clubedenadismo/

E eu tenho que parar de divulgar minhas idéias, primeiro foi Lost (sim, Lost foi inspirado na minha brincadeira de infância "Perdidos na Selva" e o que está sendo chamado de Nadismo eu chamava de "Momento de ócio")!!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Clariceando²

Pode tirar foto não moça? Ahh que pena. Mil perdões. clic clic

E finalmente a exposição sobre Clarice Lispector chegou ao CCBB do RJ.
Eu esperava esta exposição por aqui ha mais de um ano.Desde que ela estreou no Museu da Lingua Portuguesa em São Paulo.Tão bem falada...Na comunidade do Orkut só se falava nisso. Quase fui à São Paulo para abrir as tão faladas gavetinhas.

No dia em que soube que a exposição já tinha data marcada para estrear no CCBB, enviei recadinhos a cada amigo falando sobre datas e horários e logo tratei de marcar com essas donas ali da foto a nossa ida, afinal passamos 3 anos tendo aulas com a Vera Salve salve, uma especialista em Clarice e que foi a responsável em nos apresentar Macabéia.
E acho que foi isso...
Criei muita expectativa.
Não esperava luzes e flashes ou um corpo de dança.Mas ficou faltando algo, ficou uma vazio.
A exposição está muito bem feita sim.
Frases espalhadas pelas paredes, o colchão que remete ao quarto da empregada de "A paixão segundo G.H", a barata, a sala escura que fica iluminada quando voce entra na camara, o vídeo, as gavetas, ah...as gavetas! E os livros que caem do céu como gotinhas de letras.
Os trechos nas paredes e o vídeo são bem conhecidos de quem curte a obra de Clarice.É só pesquisar na internet.
E então as gavetas: É como se você estivesse na casa dela. Mexendo nas gavetas, vasculhando seus papéis...e como acho lindo papéis manuscritos. Rabiscados. Reescritos.
Darei umd estaque maior para 2 gavetas: a gaveta em que mostra uma crônica escrita sobre o carnaval, na qual Clarice conta que se fantasiou com uma fantasia de papel crepon que sobrou da vizinha e ganha uma esguichada de lança perfumes de um garotinho e a Gaveta "capa de chuva", onde o filho de Clarice lhe escreve um bilhete (que tento transcrever aqui embaixo) dizendo que não quer usar uma tal capa de chuva.
A Sala onde os livros caem também é bem gostosa de passar um tempo.Dá para passar horas lendo os livros ali.
Outra muito interessante foi a máquina de escrever sobre o sofá na sala do vídeo. Só faltava a Clarice sentar ali , colocar a velha máquina no colo e começar a escrever.
Quer saber, eu queria é mais.
"Eu não quero usar minha capa de chuva,
porque ela é grande demais e ela é comprida demais.
Quero é outra capa.Essa capa é chique demais para mim.
Não vou usar a capa hoje.Capa mixuruca"

p.s. Não pode tirar foto. Mas demos um jeitinho.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Clariceando

"(...)É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. É porque sou muito possessiva"...(CL, Felicidade clandestina)
Fui na exposição no CCBB. Depois conto mais...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Os Desafinados


Filme dirigido por Walter Lima Jr, Os Desafinados trata antes de tudo da amizade entre 5 caras nos anos 60.
Esses caras são músicos (um é cineasta) e decidem ir tocar em Nova Iork. Deixam familia, amores e seguem para a Big Apple. Claro que surge uma mocinha bonita para confudir a cabeça do galã.
Um bom filme sobre amizade entremeado com boa música.
Destaque para a atuação de Alessandra Negrini (por incrivel que pareça, contida) e do Angelo Paes Leme, que conseguiu fazer uma ótima escada para o Santoro.
Selton Mello faz o papel de Selton Mello (não que isso seja problema) e Jairzinho nem conseguiu ser o Jairzinho.
Gostei dos atores que interpretam os personagens nos dias atuais, apesar de ter acabado de descobrir que o cara que faz o papel do Selton Mello foi dublado pelo proprio. Achei isso péssimo, principalmente por não ter percebido o fato e ter elogiado o "trabalho de caracterização " do cara!
O filme poderia ser um tantinho menor e perder a ultima cena(não vou contar , para nao ser spoiler, mas é ridícula).

No mais, valeu o ingresso e comprovou a minha tese de que : "Músicos (e artistas em geral) são uma categoria da Humanidade que está à parte de nós, simples mortais. São eternos apaixonados e apaixonantes."