E chegam a São Paulo.
A cidade os recebe da forma mais típica possível: engarrafamento e garoa.
Tudo é grande e monstruoso, menos o quarto do hotel.
Muita gente por ali, apesar de insistirem em dizer que a cidade estava vazia.
A praça era um cemitério. Falando nisso, onde ficam as praças de São Paulo?
Uma gentil senhorinha passa sem saber onde guardava o seu preconceito, talvez ela nem saiba que o tem, e o ofereceu em forma de dinheiro ao turista negro e sua linda bebê-boneca Armênia.
Sorte que ele não era preconceituoso e respondeu:"não obrigado, deixe ele ai guardado na sua bolsa” e sorriu.
No primeiro dia muitas portas estavam fechadas. Feriado.
Cimento, passos rápidos, muitas fotos.
Na Sé a igreja acolhe os “mano” de fé, mas muitos preferem o lado de fora.
Escolhas?Destino?Azar ou sorte? O crack não deixa as crianças responderem,mas todos são gentis, mesmo o guarda bêbado.
As pilhas acabaram. Literalmente e metaforicamente.
O famoso “Quem?” corre com o coração na mão.
Na rua deserta o nosso coração está na boca.
Deixa o coração dele, moço, que ele é da Globo e pode filmar onde quiser.
Guarda a máquina, moço, que você é turista e podem levar o quiserem.
O padre-palhaço celebra o nosso casamento antes de paquerar a Britney Spears.
Pontes. Ruas. Igrejas.
Mais metrô.
Madalena em nada lembra a Teresa e fica depois do Sumarezinho.
Pergunte antes!
Não tente conhecer a Madalena no susto, de tarde ela é mais tímida que à noite.
Pausa.
A rua é longa. Mas não é deserta.
Os cabelos passam entre eles.Iguais. Massificados.Massantes.
Emo-moda.Emo-massa.Emo-chapinha.Emo-loiro.
Mais adiante. Vire à esquerda. Na outra travessa. Mais um pouquinho.
O cachorro veio do jeito que ele queria. Quente e com purê de batatas. Ela achou que tinha muito milho e cuspiu.
Sono.
Nova etapa.
Lista.
Praça.
As pilhas foram recarregadas. De novo: Literalmente e metaforicamente.
Um shopping de rock. Espaço para pergunta: Punk vai ao shopping?
Fotos. Camisas. Fotos. Bonecos. Fotos. Gente. Fotos.
Onde estão os grafites?
Prédios & Prédios.
O outro lado da cidade.
Bodega, carnes e queijos.
Frutas exóticas e pessoas normais.
Azeite, bacalhau e capoeira.
Gente.
E um taxista que não tinha trocado.
Confusão.
As cenas passam em Flashes. Difícil narrá-las.
Fragmentos que terminam com dedos presos e gritos.
Um soco. A polícia.
E então continuaram a conhecer a cidade, não de táxi ou metrô, mas de viatura policial.
Todos olham.
O impulso de dar tchauzinhos aos que olham é grande, mas ela o contém.
Ele está calado e ela nervosa, fala pelos cotovelos para quebrar o gelo, afinal cariocas são simpáticos e não gostam de sinal fechado.
Comem uma trufa, mas qual era o gosto mesmo?
Os policiais pareciam saídos dos enlatados americanos: levavam o lanche num saquinho de papel e ficaram do lado dos mocinhos no final do filme.
E o vilão terminou pateticamente parado em frente à delegacia.
Mais uma volta na patrulhinha e ...
sobem os créditos.
Ela já tinha desistido do maior motivo pelo qual viajou.
Mas ele não deixa que ela desista.
A voz do Arnaldo Antunes.
As palavras são dela.
As imagens são dele.
Cores.
O virtual vira real. E como é bom conhecer quem você já conhece.
É madrugada e a cidade que nunca dorme está um tanto sonolenta para receber nossos heróis.
Os grafites aparecem.Muitos, mas já não há tempo e nem memória.
Mais sono.
É o último dia.
Eles gostam de Gente. E de palavras.
E eles se perdem entre as imagens.
E correm por entre as gentes.
Feito loucos que são.
E riem.
E a cidade se despede deles da forma mais típica possível: engarrafamento e garoa.
As palavras são dela.
As imagens são dele.
A cidade os recebe da forma mais típica possível: engarrafamento e garoa.
Tudo é grande e monstruoso, menos o quarto do hotel.
Muita gente por ali, apesar de insistirem em dizer que a cidade estava vazia.
A praça era um cemitério. Falando nisso, onde ficam as praças de São Paulo?
Uma gentil senhorinha passa sem saber onde guardava o seu preconceito, talvez ela nem saiba que o tem, e o ofereceu em forma de dinheiro ao turista negro e sua linda bebê-boneca Armênia.
Sorte que ele não era preconceituoso e respondeu:"não obrigado, deixe ele ai guardado na sua bolsa” e sorriu.
No primeiro dia muitas portas estavam fechadas. Feriado.
Cimento, passos rápidos, muitas fotos.
Na Sé a igreja acolhe os “mano” de fé, mas muitos preferem o lado de fora.
Escolhas?Destino?Azar ou sorte? O crack não deixa as crianças responderem,mas todos são gentis, mesmo o guarda bêbado.
As pilhas acabaram. Literalmente e metaforicamente.
O famoso “Quem?” corre com o coração na mão.
Na rua deserta o nosso coração está na boca.
Deixa o coração dele, moço, que ele é da Globo e pode filmar onde quiser.
Guarda a máquina, moço, que você é turista e podem levar o quiserem.
O padre-palhaço celebra o nosso casamento antes de paquerar a Britney Spears.
Pontes. Ruas. Igrejas.
Mais metrô.
Madalena em nada lembra a Teresa e fica depois do Sumarezinho.
Pergunte antes!
Não tente conhecer a Madalena no susto, de tarde ela é mais tímida que à noite.
Pausa.
A rua é longa. Mas não é deserta.
Os cabelos passam entre eles.Iguais. Massificados.Massantes.
Emo-moda.Emo-massa.Emo-chapinha.Emo-loiro.
Mais adiante. Vire à esquerda. Na outra travessa. Mais um pouquinho.
O cachorro veio do jeito que ele queria. Quente e com purê de batatas. Ela achou que tinha muito milho e cuspiu.
Sono.
Nova etapa.
Lista.
Praça.
As pilhas foram recarregadas. De novo: Literalmente e metaforicamente.
Um shopping de rock. Espaço para pergunta: Punk vai ao shopping?
Fotos. Camisas. Fotos. Bonecos. Fotos. Gente. Fotos.
Onde estão os grafites?
Prédios & Prédios.
O outro lado da cidade.
Bodega, carnes e queijos.
Frutas exóticas e pessoas normais.
Azeite, bacalhau e capoeira.
Gente.
E um taxista que não tinha trocado.
Confusão.
As cenas passam em Flashes. Difícil narrá-las.
Fragmentos que terminam com dedos presos e gritos.
Um soco. A polícia.
E então continuaram a conhecer a cidade, não de táxi ou metrô, mas de viatura policial.
Todos olham.
O impulso de dar tchauzinhos aos que olham é grande, mas ela o contém.
Ele está calado e ela nervosa, fala pelos cotovelos para quebrar o gelo, afinal cariocas são simpáticos e não gostam de sinal fechado.
Comem uma trufa, mas qual era o gosto mesmo?
Os policiais pareciam saídos dos enlatados americanos: levavam o lanche num saquinho de papel e ficaram do lado dos mocinhos no final do filme.
E o vilão terminou pateticamente parado em frente à delegacia.
Mais uma volta na patrulhinha e ...
sobem os créditos.
Ela já tinha desistido do maior motivo pelo qual viajou.
Mas ele não deixa que ela desista.
A voz do Arnaldo Antunes.
As palavras são dela.
As imagens são dele.
Cores.
O virtual vira real. E como é bom conhecer quem você já conhece.
É madrugada e a cidade que nunca dorme está um tanto sonolenta para receber nossos heróis.
Os grafites aparecem.Muitos, mas já não há tempo e nem memória.
Mais sono.
É o último dia.
Eles gostam de Gente. E de palavras.
E eles se perdem entre as imagens.
E correm por entre as gentes.
Feito loucos que são.
E riem.
E a cidade se despede deles da forma mais típica possível: engarrafamento e garoa.
As palavras são dela.
As imagens são dele.